sábado, 28 de setembro de 2013

A barca de retorno

Estou sentado e vejo Niterói ficar para trás. Ele e a sua mania de ter razão.

O mar está agitado e uma criança perdeu o sorvete, que foi ao chão com o pulo que a barca deu.

Faz calor, 35°, mas abraço minhas pernas, pois dentro de mim está frio.

Esta noite seria especial.
Te mostraria meu caderno de poesias, comeríamos brigadeiro na sala, te mostraria o poder do meu corpo fervente e te ninaria para dormir. Velaria o teu sono.

Trago comigo uma certeza: Que não há certezas quando estou contigo.

Como minhas fritas com Coca. Penso em ascender um cigarro, mas eu não fumo. Me esbarro em estranhos e chego na ponta da barca.

Jogo-me.

Não apenas na baía, mas na liberdade que é viver deste lado da cidade.

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