terça-feira, 24 de setembro de 2013

Carta para Roma

Da capital fluminense escrevo para ti, mulher estrangeira. Que me desprezas com teu gingado, que me rejeitas com tua beleza, e que me acorrentas com teu amor não dado.
Não há harmonia ou contentamento sem tua companhia. Subo e desço a orla, entro e saio de museus e restaurantes e por mais que amizades eu faça, sempre haverá um lugar ao meu lado, que é teu.
Justamente por isso, que te enojas de mim. Gostas do homem cruel. Que te come com roupa e que não te beija a boca ao acordar.
Que não te faz surpresas,  nem te diz coisas bonitas. Que não te percebe, mas assim te cativas.
No coração não mandamos, é o que dizem. Perdoe-me estrangeira, por um amor tão bobo morar em meu peito.

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