quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A noite de Natal

Eu não era um dos maiores entusiastas do Natal. Lembro de um deles, em que sentamos em uma mesa de bar, (minha mãe e  irmãos) enquanto meu pai bebia. Ter uma roupa nova era artigo de luxo e no nosso natal nem tinha peru. Era frango mesmo. Cozido.

Mas certo dia participei de um natal em um abrigo de crianças e isso mudou a minha vida. Eles não tinham pais e nem presentes, mas estávamos todos ali prontos para dar nosso melhor. Nos 24 dias que antecederam a festa, reuníamos as crianças debaixo da árvore e dávamos um chocolate para cada uma delas. Isto acontecia todas as manhãs, após o café.

Na grande noite, debaixo da mesma árvore, usamos uma ovelha de pelúcia para contar a história de Jesus para as crianças. No final teve um banquete iluminado pelos pisca-piscas. Nunca vou esquecer daqueles olhinhos brilhando ouvindo a história e ganhando presentes.

O Natal fala mais que Papai Noel, Presentes, Religião... O Natal fala a respeito da esperança que pode ser renovada dentro de corações puros. Que o ano que chega pode trazer novas oportunidades.

Natal é amar o outro e se doar em favor daquele que necessita.

Este é o meu Natal.

Boas Festas!

sábado, 5 de dezembro de 2015

Mochileiro viajante

Viajo entre mundos para cumprir missões que desafiam as leis do universo.

Muitas dessas viagens eu faço sozinho, pois meus amigos não acompanham o meu ritmo.

Existem tantos universos a serem explorados na Terra e as pessoas (muitas delas) se contentam a conhecer apenas parte disso.

Eu prefiro viver muitas paixões - a maior parte delas platônicas - e tentar usufruir ao máximo disso tudo.

Um dia eu disse para uma alemã que era uma pessoa intensa e aí está o segredo da vida: se jogue!

Leve o básico e viva!

Esta vida que se decide viver não é tranquila; existem muitas renúncias a serem feitas por se ser assim.

As pessoas deste planeta simplesmente gostam de sofrer e para justificar sua incoerência discursam que são os opostos que se atraem.

Se ligo para alguém e me ofereço para estar com ela, é o não que ouço de resposta.

Se não lhe dou a mínima atenção, é por mim que procuram, mas, se por um momento eu lhes retribuo a atenção, fogem de mim como uma gazela foge do caçador.

E nessas inconstâncias de amores, eu viajo. Prefiro dar um tempo em outro mundo enquanto esse se normaliza.

A minha inconstância é o combustível, o transporte.

Sou um mochileiro viajante e posso estar no seu mundo agora.

Abra a sua porta.